No que respeita ao ambiente e à gestão de resíduos, o sistema da AMCAL integra as seguintes infra-estruturas e equipamentos:1 aterro sanitário (Aterro Sanitário Intermunicipal de Vila Ruiva); 1 central de triagem (Vila Ruiva); 1 parque de resíduos recicláveis (Vila Ruiva); 5 ecocentros (Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira); 3 estações de transferência (Vila Ruiva, Vidigueira e Portel); 18 viaturas de recolha e transporte de resíduos; 129 ecopontos municipais para deposição seletiva de resíduos urbanos. A AMCAL detém ainda participação nas instalações de Tratamento Mecânico e Biológico de Resíduos de Évora e Beja, bem como na instalação de produção de Combustíveis derivados de Resíduos (CdR) de Évora.
A actividade de gestão de resíduos urbanos a nível nacional, bem como a caracterização dos sistemas de gestão a operar neste sector, e em particular da AMCAL, pode ser consultada no Relatório Anual de Resíduos Urbanos disponível no site da Agência Portuguesa do Ambiente ou aqui.
Anualmente a AMCAL, enquanto entidade gestora, é avaliada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) no que respeita à Qualidade do Serviço Prestado aos seus utilizadores. Pode consultar a informação relativa à Avaliação da Qualidade de Serviço no Portal da ERSAR - Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP) ou aqui.
No âmbito do PERSU 2020 foram elaborados pela AMCAL e pelos seus municípios associados os Planos de Ação com as linhas orientadoras da estratégia para os resíduos, consubstanciadas nas ações a implementar no período 2014-2020 por forma a assegurar o cumprimento das metas que lhe estão consignadas naquele Plano Estratégico.
Pode consultar os Planos de Ação aqui:
Plano de ação pra resíduos urbanos AMCAL
Plano de ação municipal de resíduos do Município de Cuba
Plano de ação municipal de resíduos do Município de Viana do Alentejo
Plano de ação municipal de resíduos do Município de Alvito
Plano de ação municipal de resíduos do Município de Portel
Plano de ação municipal de resíduos do Município de Vidigueira
Localizado na EN 258 ao km 5.33, em Vila Ruiva, concelho de Cuba, tem um volume total de 337063m³, a que corresponde um período de vida de 20 anos, sendo o mais pequeno sistema de resíduos sólidos urbanos do país: 5 concelhos com 22 895 habitantes e uma produção anual de 12500 toneladas de resíduos.
Encontra-se em funcionamento desde Junho de 1999, e permitiu a selagem de 16 lixeiras, até meados de 2001, a partir de estudos paisagísticos e de protecção sanitária e ambiental. Trata-se de um aspecto muito importante do ponto de vista da saúde pública, dado o risco de contaminação das águas subterrâneas e de propagação de doenças.
O Aterro Sanitário detém o Alvará de Licença de Exploração n.º 07/2018 de 22 de Outubro da CCDR ALENTEJO, estando classificado como Aterro para Resíduos Não Perigosos de Origem Urbana. Assim, foi estabelecido a Lista de Resíduos Admitidos em Aterro, considerando também orientações relativas a fluxos específicos de resíduos.
O Parque de Resíduos Recicláveis destina-se ao armazenamento temporário de madeiras, embalagens de madeira, pneus usados, pilhas, equipamentos eléctricos e electrónicos, veículos em fim de vida, óleos usados, baterias e lâmpadas. Quaisquer destes resíduos ficarão armazenados durante um curto período de tempo, sem qualquer tipo de tratamento ou desmantelamento, após o que serão expedidos para valorização, em conformidade com o exigido na legislação em vigor.
O projecto do Aterro Sanitário data de 1995. Na época não foi prevista a construção de zonas de recepção, armazenamento selectivo e expedição de fluxos específicos de resíduos, tendo sido contemplados apenas o vidro e o papel. As crescentes exigências normativas a este nível, bem como a necessidade de remodelar e ampliar as instalações existentes, no sentido de melhorar a resposta às necessidades dos utentes e as condições de trabalho dos funcionários, tornam a construção do Parque de Resíduos uma obra de grande relevância. O Parque de Resíduos Recicláveis e a Estação de Triagem são infra-estruturas que visam a triagem, tratamento e armazenamento de resíduos destinos à sua posterior valorização.
Na instalação Parque de Resíduos é feita uma triagem grosseira dos resíduos e a sua acumulação nos alvéolos existentes para o efeito – Operações classificadas como R12 e R13.
O Parque de Resíduos Recicláveis ocupa uma área de 5 500 m2 e está infra-estruturado e equipado para a receção, armazenamento selectivo e expedição dos seguintes tipos de resíduos:
Fileira de Resíduos | Área (m2) | Condições de armazenagem | Capacidade instantânea (t) | Quantidade máxima gerida |
---|---|---|---|---|
Pneus usados | 500 | Área pavimentada e descoberta, dividida em 2 compartimentos, sendo um destinado a pneus de pesados e tratores, e outro a pneus ligeiros | 150 | 500 t/ano |
Madeiras (embalagem + não embalagem) | 100 | Área pavimentada e descoberta | 25 | 80 t/ano |
REEE | 450 | Área pavimentada e coberta por estrutura metálica | 50 | 700 t/ano |
Sucatas metálicas | 300 | Área pavimentada e descoberta | 100 | 250 t/ano |
Equipamentos de iluminação e baterias | 12 | 3 contentores específicos em área pavimentada e coberta:
2 para iluminação 1 para baterias | 1 (iluminação)
1 (baterias) | 5 ton/ano |
Óleos alimentares usados (OAU) | 12.5 | 3 contentores específicos para a fileira (óleões), em área pavimentada e coberta | 5 | 20 m3/ano |
Óleos usados | 12.5 | 3 contentores específicos para a fileira (óleões), em área pavimentada e coberta | 5 | 20 m3/ano |
Pilhas e acumuladores | 12 | Edifício em paredes de alvenaria duplas, de acesso condicionado, em área impermeabilizada e coberta | 10 | 20 ton/ano |
Resíduos de plásticos agrícolas (excluindo embalagens): nomeadamente tubos de rega, plásticos de estufas, filme de solo | 125
+ 112.5 | Área pavimentada e descoberta | 100 | 200 t/ano |
Vidro | 1125.5
+ 75 | Área pavimentada e descoberta | 150 | 800 t/ano |
Outros Plásticos nomeadamente "tampinhas", e outros plásticos rígidos | 100 | Área pavimentada e coberta | 50 ton | 500 t/ano |
Cada uma das zonas acima referidas ocupam uma área de armazenamento, devidamente identificada, e áreas multifuncionais contíguas, genericamente designadas por áreas de movimentação, destinadas às operações de recepção, descarga, movimentação, carga e expedição. As áreas de movimentação são comuns a dois ou mais tipos de resíduos. O acesso das viaturas às áreas de movimentação é efectuado directamente a partir da via de circulação que circunda a instalação.
O equipamento de movimentação adquirido para o funcionamento do Parque de Resíduos é o seguinte:
• Multicarregadora com capacidade de 10 toneladas/hora, para movimentar qualquer tipo de resíduos;
• Camião com caixa metálica basculante de 20 m3, para transportar qualquer tipo de resíduos;
• Empilhador com capacidade de elevação de 1200 Kg, para movimentação e elevação de paletes.
A rede de esgotos encontra-se ligada à ETAL, onde o efluente (de composição idêntica à água residual doméstica) será tratado. O preço-tratamento exigido pelo Decreto-lei n.º 268/98 para o funcionamento de instalações deste tipo, exigiu ainda a instalação de um decantador e separador de hidrocarbonetos.
Esta infra-estrutura representa um passo muito importante no contexto da gestão integrada de resíduos, conferindo maior racionalidade e eficácia ao sistema de resíduos gerido pela AMCAL.
O presente projecto foi aprovado pelo Conselho Directivo da AMCAL em 19 de Maio de 2003 e pela Câmara Municipal de Cuba em 29 de Outubro de 2003.
A Câmara Municipal de Cuba declarou de interesse público o presente projecto em reunião ordinária de 19 de Janeiro de 2005.
A Assembleia Municipal de Cuba declarou o presente projecto de interesse público em reunião extraordinária de 11 de Fevereiro de 2005.
A construção do Parque de Resíduos Recicláveis foi iniciada em Janeiro de 2007 e ficou concluído em Agosto de 2007.
O custo total fixou-se em 750 000 euros.
A Estação de Triagem de Vila Ruiva receciona os resíduos recicláveis com origem na recolha seletiva da rede de ecopontos e do sistemas de recolha porta-a-porta implementados nos municípios de Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira, assim como os resíduos de papel cartão, plástico e metal com origem nos 5 ecocentros municipais.
Adicionalmente, são ainda rececionados resíduos recicláveis de plástico, metal e papel cartão provenientes de entregas particulares, cuja produção diária excede os 1100 l/hab.dia.
Após triagem, os resíduos são compactados e enfardados para posterior encaminhamento externo tendo em vista a sua valorização.
Para cumprir este propósito a AMCAL estabeleceu contratos de operação com as entidades gestoras do SIGRE atualmente licenciadas para o efeito – SOCIEDADE PONTO VERDE | ELECTRÃO | NOVO VERDE
No Quadro seguinte apresenta-se a informação relativa à operação desta instalação, nomeadamente as fileiras de resíduos geridas, a sua classificação segundo a LER e a respetiva operação, bem como as quantidades geridas.
Fileira de Resíduos | Código LER | Operação de gestão de resíduos | Quantidade máxima gerida (t/ano) |
---|---|---|---|
Papel Cartão | 15 01 01
20 01 01 | R12 | 1 200 |
Plásticos | 15 01 02
15 01 06 20 01 39 | R12 | 1 000 |
Metais | 15 01 04
15 01 06 20 01 40 | R12 | 200 |
Compósitos | 15 01 05
15 01 06 | R12 | 200 |
O centro de triagem é formado por uma única nave com 1 025 m2 de área útil (1 065 m2 de área bruta).
As obras foram concluídas em Fevereiro de 2008.
O custo total deste projecto atingiu os 800 000 euros.
As águas residuais provenientes dos sanitários, os lixiviados produzidos no aterro e as águas de escorrências e lavagens são encaminhadas para a Estação de Tratamento de águas Lixiviantes (ETAL) que tem uma capacidade de tratamento de 50 m3/dia. As águas resultantes das lavagens de viaturas e rodados, passam por um pré-tratamento através de uma caixa de retenção de óleos e decantação de materiais pesados, antes de serem encaminhadas para a ETAL.
A capacidade de tratamento da ETAL é muito superior à necessária tendo em conta a dimensão do aterro. Optou-se pelo sobredimensionamento da ETAL, devido às características climatológicas da região e consequentemente à grande variabilidade das características quantitativas e qualitativas dos lixiviados.
À entrada da ETAL o efluente passa por equipamentos que efectuam a medição e registo do caudal e do PH.
Descreve-se de seguida e de forma pormenorizada as várias etapas do sistema de tratamento de águas lixiviantes afluentes à ETAL:
Fluxograma da Linha de Tratamento (LT1)
Legenda:
Além dos equipamentos referidos estão ainda 555 difusores de ar, associados ao tratamento, para as condutas de fundo do tanque de oxidação.
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